Rebeca leva o ouro no solo e se torna maior medalhista brasileira da história

Paris e Brasília — A ausência no pódio da trave da ginástica artística dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, nesta segunda-feira (5/8), foi apenas uma barreira no caminho de Rebeca Andrade rumo à história. Horas depois, a brasileira voltou a se apresentar na Arena Bercy e alcançou o auge no solo. Com uma linda série de movimentos, a ginasta faturou a medalha de ouro do aparelho e conquistou a sexta condecoração da trajetória pessoal no evento esportivo mais prestigiado do mundo. Agora, ninguém no país tem mais.

Ao deixar os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt para trás no ranking histórico de pódios do Time Brasil, Rebeca se consolida como a maior atleta olímpica do país. A caminhada foi iniciada com duas medalhas na edição de Tóquio 2020 e eternizada com a atuação de gala em Paris 2024. Na Cidade Luz, a ginasta esbanjou talento para subir ao pódio quatro vezes, correspondendo a toda expectativa gerada em volta do desempenho dela. No aparelho, Simone Biles brilhou, mas cometeu deslizes.

O pódio foi liderado por Rebeca, com a nota 14,166, seguida pelas duas estadunidenses Simone Biles, com 14,133, com a prata, e Jordan Chiles (13.766), que ficou com o bronze.

Rebeca Andrade quebrou a hegemonia de 12 anos dos Estados Unidos no solo. Os títulos das três últimas decisões foram conquistados por ginastas norte-americanas. Na edição de Tóquio-2020, Jade Carey subiu ao lugar mais alto do pódio. Quatro anos antes, no Rio de Janeiro, Biles encantou espectadores e juízes. Na versão de Londres-2012 brilhou a estrela de Aly Raisman.

A queridinha do Brasil também se orgulha de ser a primeira ginasta sul-americana medalhista do solo em Jogos Olímpicos. A tradicional prova, disputada desde a versão de Helsinque-1952, jamais havia brindado o talento de talentos de fora da América do Norte, da Europa ou da Ásia.

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