TSE encerra teste público de segurança das urnas eletrônicas

O Tribunal Superior Eleitoral encerrou o teste público de segurança (TPS) das urnas eletrônicas com cinco pontos de atenção identificados por investigadores, em planos de ataque feitos durante a última semana. Nenhum deles tem potencial para alterar votos ou ameaçar a legitimidade das eleições.

O resultado foi apresentado nesta segunda-feira (29/11) pelo presidente da corte, ministro Luís Roberto Barroso. Os cinco testes que geraram algum resultado relevante fazem parte dos 29 ataques feitos por 26 investigadores, que trabalharam com urna e sistema em uma sala no terceiro andar da sede do TSE.

Para a corte, não se tratam, ainda, de vulnerabilidades. Os achados serão submetidos a uma avaliação e passarão por correção técnica. Em maio, mais testes estão previstos. Os investigadores que encontraram esses pontos de atenção voltarão ao tribunal para refazer os ataques.

“Ninguém conseguiu invadir o sistema e oferecer riscos para o resultado das eleições. Mais do que isso, nenhum ataque conseguiu afetar o software da urna, que é o programa operacional. Tampouco houve ataque bem sucedido ao que chamamos de aplicativo de desktop ou de geração de mídia, que é programa [onde constam os dados de eleitores e candidatos]“, afirmou o ministro Barroso.

Para o presidente do TSE, o resultado é “altamente tranquilizador” inclusive porque, dos cinco achados, alguns têm potencial reduzido. Isso porque a corte oferece aos investigadores um cenário que sequer é real. Ninguém tem acesso ao código-fonte das urnas eletrônicas ou mesmo o equipamento, propriamente dito.

“A cada ano que passa, os ataques vão ficando mais sofisticados, e nós usamos esses ataques para sofisticar nossos próprios mecanismos de defesa. É relevante, mas não é grave. Só consideramos grave o que tem potencial de mexer no resultado. Nada se apresentou com esse potencial. Mas, evidentemente, ninguém deseja que haja risco de entrada na nossa rede”, disse.

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