Reunião de Lula com governadores do Nordeste em Fortaleza teve foco em segurança e dívidas públicas

O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), falou com a imprensa na manhã desta sexta-feira (21), no Palácio da Abolição, e revelou que a problemática da segurança pública e as dívidas dos estados foram pontos debatidos entre gestores estaduais e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante o encontro realizado com o chefe do Executivo federal nesta quinta-feira (20), quando esteve em Fortaleza.

Além do cearense, estiveram presentes oito governadores e governadoras de estados do Nordeste: Jerônimo Rodrigues (PT, da Bahia), Raquel Lyra (PSDB, de Pernambuco), Fátima Bezerra (PT, do Rio Grande do Norte), Rafael Fonteles (PT, do Piauí), João Azevêdo (PSB, da Paraíba), Paulo Dantas (MDB, de Alagoas) e Carlos Brandão (PSB, do Maranhão).

“Apresentamos ao presidente Lula, como governador do Ceará, a preocupação com o tema da segurança — assim como a governadora Raquel Lyra e os demais governadores —, da necessidade de integração, de uma ação ainda mais firme”, relatou o petista.

De acordo com o chefe do Abolição, houve uma receptividade do chefe do Palácio do Planalto para com a demanda dos governantes. Ao que disse, Lula destacou que discute com Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública, um novo modelo para todo o país, e que “vai realizar reuniões com seus ministros que são ex-governadores, que tiveram experiência de dois mandatos, para em seguida reunir os governadores em exercício”. O intuito será o estabelecimento de um plano comum para todo o Brasil.

“Os estados devedores do Sul e Sudeste representam mais de 85% da dívida dos estados com a União, então não é justo que eles possam ter algo em torno de R$ 70 bi na redução de suas dívidas e os estados que cumpriram seu dever, que são do Norte e Nordeste, que não devem nada, não tenham nenhum benefício da União”, justificou o governador do Ceará.

Segundo ele, “o presidente Lula se mostrou muito sensível” e foi construído um caminho de negociação que reforça uma frente já iniciada por intermédio do Consórcio Nordeste, que apresentou uma proposta ao Ministério da Fazenda, chefiado por Fernando Haddad (PT).

Fonte: Diário do Nordeste

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