Por dia, 5 casos de abuso sexual de crianças e adolescentes são registrados em Pernambuco

O alerta precisa ser constante. A denúncia, imediata. Pernambuco registrou 2.941 casos de abuso sexual no ano de 2023, de acordo com estatísticas da Secretaria de Defesa Social (SDS). Desse total, 70,18% das vítimas foram crianças ou adolescentes. Isso significa que, em média, ao menos cinco pessoas com idades inferiores a 18 anos sofreram a violência.

No Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, neste sábado (18), a principal orientação é dedicada aos pais e familiares para que redobrem a atenção aos filhos, principalmente nos primeiros anos de vida.

Identificar os sinais e atuar de forma imediata é essencial para minimizar os danos causados por esse tipo de violência, conforme orienta a Secretaria da Criança e Juventude de Pernambuco (SCJ-PE). A primeira dica é observar possíveis mudanças de comportamento: alterações bruscas no comportamento, como retraimento, agressividade, medo excessivo ou comportamento autodestrutivo.

Problemas emocionais, como depressão, ansiedade e pesadelos frequentes, é outro indicativo de que algo está errado e precisa da avaliação de um especialista. Dificuldades escolares, com queda no desempenho escolar, evasão escolar ou recusa em ir à escola, também são sinais relevantes.

É necessário, ainda, observar se há um comportamento sexual inapropriado para a idade ou conhecimento sexual avançado.

ALERTA GERAL

Este mês também vem sendo chamado de “Maio Laranja”, como forma de chamar ainda mais a atenção para o combate aos crimes sexuais contra as crianças e adolescentes.

“Embora essa preocupação deva ocorrer durante todo o ano, o mês de maio é importante para que a gente alerte a população. Além das ações repressivas, temos as preventivas, com palestras à sociedade sobre a gravidade desse crime. É importante que esse apelo se estenda a professores, parentes, vizinhos. Porque, muitas vezes, esses abusos ocorrem dentro das casas, infelizmente”, afirmou o gestor do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), Darlson Macedo.

Segundo a Secretaria Executiva da Vigilância em Saúde a Atenção Primária do Estado, os casos de abuso sexual registrados indicam que a incidência maior de vítimas crianças e adolescentes da cor parda e do gênero feminino.

“É importante denunciar. Procure o DPCA, uma delegacia de bairro ou o Conselho Tutelar, porque nós vamos apurar. Esse tipo de crime, essa chaga da sociedade, precisa de uma resposta dura do Estado. Esses criminosos precisam ser segregados da sociedade. Existe uma subnotificação muito alta, apenas parte do que ocorre chega ao conhecimento da polícia”, pontuou Macedo.

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