Lula anuncia R$ 5,5 bi de investimentos para universidades via PAC
|Em meio a uma tentativa de avançar nas negociações com os professores, que estão em greve há quase 60 dias, o governo federal anunciou, nesta segunda-feira, investimentos de R$ 5,5 bilhões em obras do PAC para a educação superior, sendo R$ 3,77 bilhões para as universidades federais e R$ 1,75 bilhão para os hospitais federais. Foram anunciados ainda mais 10 novos campi contemplando todas as regiões do país. Em reunião com reitores das universidades federais também na manhã de hoje, Lula cobrou o fim da greve: “não há muita razão” para a greve na educação estar “durando o tempo que está durando”.
Receberão novos campis as cidades:
- São Gabriel da Cachoeira (AM)
- Cidade Ocidental (GO)
- Rurópolis (PA)
- Baturité (CE)
- Sertânia (PE)
- Jequié (BA)
- Ipatinga (MG)
- São José do Rio Preto (SP)
- Caxias do Sul (RS)
Os investimentos do PAC serão divididos em três grupos: R$ 3,17 bilhões para obras de consolidação, ou seja, as que já estavam planejadas, R$ 600 milhões em obras de expansão, e R$ 1,75 bilhões para Hospitais Universitários.
Ao todo, 338 obras já estavam planejadas, sendo 223 novas, 20 em andamento e 95 retomadas. As novas construções totalizam R$ 1,5 milhões do investimento anunciado.
O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou durante a cerimônia mais R$ 400 milhões para custeio de universidade, sendo R$ 279,2 milhões para universidades, e R$ 120,7 milhões para os institutos federais.
O ministro ainda afirmou que o orçamento das universidades, em 2024, será de R$ 6,38 bilhões e R$ 2,72 bilhões para os institutos federais.
Para os Hospitais Federais, o governo federal anunciou 37 obras em 31 hospitais pelo país para ensino e atendimento à população. Ao todo, serão oito hospitais novos ligados às universidades federais de Pelotas (RS), Juiz de Fora e Lavras (MG), Acre, Roraima, Rio de Janeiro, São Paulo e Cariri (CE).
Durante a cerimônia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouviu cobranças pelo aumento salarial dos profissionais da educação. Márcia Abrahão, reitora da UnB e presidente da Andifes, afirmou que remuneração está “defasada”, principalmente em comparação com outras categorias que já receberam reajustes.
— Esperamos que essa semana o governo e sindicatos cheguem a uma solução negociada pacificando a situação — afirmou.
Fonte: Globo