Casas Bahia registra prejuízo de R$ 1 Bilhão e demite 8 mil funcionários

O Grupo Casas Bahia (BHIA3) enfrentou um período desafiador, registrando um prejuízo líquido de R$ 1 bilhão no quarto trimestre de 2023, um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior. Este prejuízo faz parte de um acumulado de R$ 2,62 bilhões ao longo do ano, um aumento considerável em comparação com o ano anterior.

 

A empresa, que controla marcas como Casas Bahia, Ponto, Extra.com.br e Bartira, anunciou um plano de reestruturação em setembro de 2023, em resposta a uma série de prejuízos anteriores causados pela alta dos juros no país, o que agravou seu endividamento.

 

Parte desse plano envolveu o fechamento de 55 lojas e 4 centros de distribuição, além da demissão de aproximadamente 8 mil funcionários diretos e 600 terceirizados, representando 20% do quadro de funcionários da empresa. No entanto, essa reestruturação resultou em um custo adicional de R$ 222 milhões, complicando ainda mais a situação financeira da empresa.

 

Além das demissões, o Grupo Casas Bahia também iniciou uma queima de estoque para gerar caixa, estimando que essa estratégia poderia resultar em até R$ 1 bilhão para a empresa. No entanto, essa ação teve um impacto negativo nas vendas, com uma redução de 12% no Volume Bruto de Mercadoria (GMV) no quarto trimestre de 2023.

 

A margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ajustada do Grupo Casas Bahia também sofreu uma queda significativa, passando de 7,1% para 2,2% no mesmo período, refletindo as dificuldades enfrentadas pela empresa.

 

Além disso, o endividamento da varejista continua sendo uma preocupação, com um aumento de 272,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Embora a empresa tenha conseguido fechar acordos com credores para adiar o pagamento de dívidas, isso aumentará os custos no futuro.

 

Diante desse cenário, analistas financeiros recomendam cautela em relação às ações da Casas Bahia. Enquanto alguns sugerem vender os papéis da empresa devido ao desequilíbrio entre risco e retorno, outros sugerem manter as ações existentes, mas não comprar novas. O futuro da empresa permanece incerto, e a reestruturação em andamento pode levar tempo para gerar resultados positivos visíveis.

Fonte: BH ao vivo

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