De acordo com um recente levantamento realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), os gastos do Brasil com desastres nos últimos 10 anos somaram a impressionante quantia de R$ 11 bilhões. Esses recursos foram destinados à reconstrução de áreas afetadas por enchentes, deslizamentos de terra, secas e outros eventos naturais que causaram prejuízos incalculáveis aos cidadãos e à infraestrutura do país.
Por outro lado, o mesmo levantamento revelou que apenas R$ 4 bilhões foram investidos em medidas de prevenção de desastres durante o mesmo período. Esse valor, embora significativo, é consideravelmente menor se comparado às despesas com a reconstrução pós-desastres. Isso abre espaço para uma reflexão sobre a importância de se investir de forma adequada em ações preventivas, visando minimizar os danos causados por eventos naturais.
A falta de investimentos em medidas preventivas pode ser atribuída a diferentes fatores, como a falta de recursos disponíveis, a priorização de outras áreas e questões políticas. No entanto, é evidente que essa falta de investimento pode resultar em consequências graves para o país, tanto em termos econômicos quanto humanos.
A prevenção de desastres é fundamental para evitar perdas materiais, proteger a vida das pessoas e garantir a resiliência das comunidades em face de eventos adversos. Isso inclui a adoção de políticas de planejamento urbano adequado, a implementação de sistemas de alerta e monitoramento eficientes, a realização de obras de infraestrutura resilientes e a promoção de programas educacionais voltados para a conscientização e preparação da população.
É importante ressaltar que investir em prevenção não é apenas uma questão de economia a longo prazo, mas também de responsabilidade social. Ao reduzir a vulnerabilidade das comunidades e promover a adaptação às mudanças climáticas, o país estará garantindo um futuro mais seguro e sustentável para todos.
Diante dos números apresentados pelo TCU, é necessário que o governo federal, em conjunto com os governos estaduais e municipais tomem providência a partir de agora para mudar esse cenário.
Infelizmente muitos políticos são contra os estudos e investimentos em preservação de tragédias climáticas.
Esses gastos vêm caindo ao longo do tempo, apesar do aumento dos desastres nos últimos anos. Em 2014, o governo repassou R$ 2,8 bilhões para Gestão de Riscos e Desastres, contra R$ 1,7 bilhão no ano seguinte.
Os menores aportes foram no governo Bolsonaro. Em 2021, o ministério só desembolou R$ 914 milhões. No governo Lula, o valor chegou a R$ 1,3 bilhão no ano passado.
O portal UOL não considerou os gastos para 2024 porque o ano ainda não terminou. O governo reservou R$ 2,6 bilhões para gastar ao longo do ano, o maior valor desde 2015, quando a União reservou R$ 2,9 bilhões e repassou R$ 1,7 bilhões.
Jornalismo O Janelão / Uol