PT inicia cerco final a João Campos em torno da vice

Não foi àtoa a vinda ao Recife esta quinta-feira do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Sua visita teve como objetivo oficial fazer uma vistoria nas obras do Hospital da Criança do Recife, que está sendo construído em parceria entre o Governo Lula, através do Ministério da Saúde, e a Prefeitura. O ministro não poupou elogios ao prefeito João Campos, que citou como “maior revelação da política brasileira” mas, ao falar com os jornalistas, cobrou de João o lugar de vice-prefeito para o PT.

De forma cristalina e fazendo comparações com as vezes em que os dois partidos – PT e PSB – estiveram unidos no Recife e no Estado, no Governo Eduardo Campos, ele deixou claro que os petistas não contam com um “não” no seu e calendário eleitoral. Este blog apurou que o PT pôs em execução sua última cartada com vistas a uma definição de Campos.

Depois de Padilha, quem vai entrar em campo é o presidente Lula com o qual devem conversar na próxima semana os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão. Sobre o a unidade do PT, defendida por Padilha, para que apenas um nome seja entregue ao prefeito – no momento são pré-candidatos Mozart Sales, apoiado pelo próprio ministro e pela senadora Teresa leitão e o deputado federal Carlos veras, apoiado pelo senador Humberto Costa – o caminho está sendo pavimentado, segundo uma liderança petista pernambucana.

O mais provável é que a escolha recaia sobre Mozart Sales que tem vindo muito ao Recife- no momento é assessor de Padilha, em Brasília. Mozart esteve ao lado do prefeito no Carnaval e em todos os eventos aos quais esteve presente o presidente Lula. O próprio Padilha lembrou esta quinta-feira que ele foi vereador do Recife, é médico e teve boa votação quando se candidatou a deputado federal.

Almoço em torno da união

Se havia alguma dúvida de que o ministro cumpriu uma missão política no Recife, esta quinta-feira, quando saiu do Hospital da Criança, ele almoçou com a senadora Teresa Leitão e as principais lideranças petistas do estado. Estavam presentes Mozart Sales, o deputado federal Carlos Veras, os deputados estaduais Doriel Barros, Rosa Amorim e João Paulo Silva e o presidente do PT no Recife, Cirilo Mota. Só Humberto não foi porque está em missão do Congresso nos Estados Unidos e só regressa este final de semana.

Foi Padilha quem escolheu

Quem pensa que o nome de Mozart Sales  surgiu de um movimento local do PT está enganado. Quem primeiro o citou em Brasília foi o ministro Alexandre Padilha. Não só o citou como o liberou para aceitar a missão. Recentemente, se discutiu se Mozart deveria se desincompatibilizar no dia 5 de abril ou em junho, prazo final. Padilha foi ouvido e sugeriu que ele deixasse para sair em junho, quatro meses antes da eleição, como diz a lei. Na verdade, se saísse antes, Mozart ficaria no sereno e seria colocado como uma espada de Dâmocles sobre a cabeça do prefeito, coisa que, não é de bom tom, fazer.

O rompimento de Eduardo com o PT

Apesar do ministro Padilha ter ressaltado que, segundo ele, o período em que o PT governou o Recife, com Eduardo governador e Lula presidente foi o melhor para a cidade e para Pernambuco e usou esse argumento para defender a união das duas siglas agora, é necessário ressaltar que quando faleceu vítima de acidente aéreo, Eduardo tinha rompido com o PT e era candidato a presidente contra a então candidata à reeleição Dilma Rousseff, o que deixou perplexo ex-presidente Lula.

Tropa na rua

Os deputados policiais coronel Meira, Alberto Feitosa, Joel da Harpa e Abimael Santos gravaram um vídeo e estão espalhando pelos grupo de policiais da ativa e aposentados convocando-os para lotar as galerias da Assembleia na próxima terça-feira quando será votado o projeto da governadora Raquel Lyra que acaba as faixas salariais da PM.

Fonte: Blog Dellas

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