Maternidade influencia decisão de mulheres empreendedoras

Uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revelou que para 80% das mulheres empreendedoras no estado do Rio de Janeiro, os cuidados com os filhos são a principal influência ao decidir abrir sua empresa.

Esse percentual cai para 51% quando perguntado para os homens. Além disso, as mulheres gastam quase três vezes mais tempo diário com a família e afazeres domésticos em comparação aos homens.

A pesquisa, intitulada “Características dos Empreendedores: Empreendedorismo Feminino”, baseou-se em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ela também revelou que 66% das mulheres acreditam enfrentar mais dificuldades para ter um negócio do que os homens, enquanto 48% dos homens compartilham dessa percepção.

No Rio de Janeiro, quando uma mulher decide abrir um negócio, pais, clientes, fornecedores e cônjuges são os principais incentivadores. Já para os homens, são amigos, cônjuge, clientes e fornecedores que mais os orientam na abertura do negócio. No entanto, ambos recebem mais incentivos dos cônjuges para manter o negócio.

“A pesquisa reforça o que ouvimos em rodas de conversa e em nossas capacitações. As mulheres possuem uma dupla jornada de trabalho e procuram equilibrar com maestria tudo o que fazem. Apesar das dificuldades, a família é um dos pilares dos seus negócios e a força que elas precisam para continuar em frente”, afirma Carla Panisset, gerente de Empreendedorismo Social do Sebrae Rio.

Apesar dos desafios e da desigualdade ainda existente no mundo empreendedor, muitas mulheres encontram no empreendedorismo a única alternativa de conciliar a geração de renda e cuidado com seus familiares. “A necessidade de cuidar dos filhos e de estar perto de suas famílias influenciou mais as mulheres: 68% das empreendedoras dizem que consideraram isso para abrir seus negócios. Em relação aos homens esse número é de 56%. Empreender é sim uma alternativa de gerar renda e cuidar dos que estão próximos”, conclui Panisset.

Fonte: Diário da Capital

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