Produtores de frutas do Vale do São Francisco contabilizam prejuízos após chuvas intensas

Na cidade de Petrolina, um dos maiores produtores agrícolas do Vale, houve um aumento significativo nas chuvas nos meses de janeiro e fevereiro, ultrapassando as médias de precipitação da região com um total de 322,2 milímetros, conforme relatado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Esta marca é a mais alta registrada desde 2004. Em algumas áreas, como no projeto de irrigação Senador Nilo Coelho, os agricultores chegaram a medir até 500 milímetros de chuva no mesmo período.

Segundo o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), Jailson Lira, o excesso de chuva nos pomares, que recebem água controlada através de sistemas de irrigação, já provocou a perda de aproximadamente 40 mil toneladas de frutas em fase de colheita.

 “O problema é mais grave nos parreirais de uvas com o apodrecimento das frutas e o aumento de doenças a exemplo do míldio e outros fungos para as uvas e antracnose para mangas, além das perdas pelo excesso de abortamento e comprometimento da floração”, ressaltou.

O presidente acrescentou ainda que, os produtores de manga também reclamam que as chuvas alteram a fitossanidade da fruta comprometendo o desenvolvimento vegetativo e a floração, diminuindo significativamente os índices de produtividade dos pomares.

“Caso se confirme precipitações com a mesma intensidade, as chuvas podem comprometer significativamente a safra 2024.1, com enormes prejuízos atuais e para a safra do segundo semestre”, concluiu. O SPR criou um grupo técnico para acompanhamento das chuvas e vem monitorando os tratos culturais nos pomares, visando minimizar as perdas.

Fonte: Clas Comunicação

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