Botafogo supera Atlético e conquista inédita Libertadores em final dramática
|Com drama do início ao fim, o Botafogo se sagrou campeão da Copa Libertadores de 2024. Na tarde deste sábado (30), apesar de jogar todo tempo com um homem a menos após expulsão do volante Gregore, o Glorioso bateu o Atlético por 3 a 1, no Mâs Monumental, em Buenos Aires, pela final internacional, e conquistou o título inédito.
Apesar do cartão vermelho, o Botafogo fez um bom primeiro tempo. O Fogão fez o primeiro gol com Luiz Henrique e, de pênalti, aumentou com Alex Telles, balançando o Monumental.
O segundo tempo foi completamente diferente. O Galo voltou bem e pressionou completamente o adversário. Logo no primeiro minuto, o atacante chileno Eduardo Vargas diminuiu, com pressão na sequência.
Contudo, o Galo não conseguiu superar a forte defesa do Botafogo. O Atlético chegou a perder boas chances, mas não conseguiu converter.
Aos 52, veio o golpe de misericórdia. O atacante Júnior Santos fez jogada pela direita, tentou cruzar, aproveitou rebote e marcou, dando a “Glória Eterna” para o Fogão.
Copa Intercontinental e Copa do Mundo de Clubes
Quanto à Copa Intercontinental da Fifa de 2024, o Botafogo enfrentará o Pachuca-MEX após o fim do Brasileirão. O jogo será às 14h (de Brasília) de 11 de dezembro, quarta-feira, no Estádio 974, em Doha, no Catar.
O vencedor do confronto duelará com o Al Ahly-EGI, às 14h do dia 14, também no 974. Já no dia 18, no Estádio Lusail, ainda no Catar, o ganhador deste confronto terá pela frente o Real Madrid-ESP, pela final do torneio.
Em relação à Copa do Mundo de Clubes da Fifa de 2025, o sorteio dos grupos será na quinta-feira (5). O “Super Mundial de Clubes” será disputado entre 15 de junho e 13 de julho, nos Estados Unidos, por 32 equipes.
Próximos jogos
Os times voltarão a campo na quarta-feira (4), pela 37ª e penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. Às 19h, o Galo visitará o Vasco da Gama em São Januário. Já às 21h30, o Glorioso enfrentará o Internacional fora de casa, no Beira-Rio.
O Botafogo está na briga pelo título brasileiro e lidera a Série A, com 73 pontos, 3 a mais que o vice Palmeiras. Já o Atlético é o décimo colocado, com 44.
O jogo, com expulsão-relâmpago
A partida no Monumental tinha acabado de começar, quando uma expulsão condicionou o rumo do duelo. Volante do Botafogo, Gregore fez falta no meio-campista argentino Fausto Vera com 30 segundos e levou cartão vermelho direto.
Gregore foi dividir a bola com Vera, quando levantou o pé na altura da cabeça do atleticano. Atingido pelo forte choque, o argentino caiu no chão e começou a sangrar. Na sequência, o botafoguense viu o vermelho aplicado pelo árbitro argentino Facundo Tello.
Atlético trabalha
Com um homem a mais, o Atlético controlou mais o jogo e trabalhava bem a bola até tentar uma finalização. Com oito minutos, o atacante e capitão Hulk chutou de fora da área ao ter espaço, para boa defesa do goleiro John.
Perigo atleticano
O Atlético seguia com controle da partida e com o trabalho de bola até criar alguma chance. Com 23 minutos, o atacante Deyverson recebeu na área, girou e chutou forte, mas a bola passou acima da trave esquerda botafoguense.
Gol do Botafogo
Sem ver o Atlético com grande efetividade, o Botafogo teve um momento com a bola no pé. Após jogada trabalhada, o volante Marlon Freitas chutou de dentro da área, a bola foi rebatida pela zaga atleticana e sobrou no pé do atacante Luiz Henrique.
Na esquina da pequena área, o ponta botafoguense estufou as redes do goleiro Everson e abriu o placar, aos 35 minutos da primeira etapa, no Monumental de Núñez, para delírio da torcida do Glorioso – maioria na Argentina.
VAR em ação, pênalti e mais um gol do Botafogo
O Botafogo seguiu empolgado com o gol. Aos 39, o Glorioso levou novo perigo, quando Luiz Henrique foi lançado. O lateral-esquerdo Guilherme Arana errou a proteção, e o botafoguense foi derrubado por Everson.
A princípio, não foi marcado pênalti. Depois, após intervenção do árbitro de vídeo, foi marcada a penalidade máxima. O lateral-esquerdo Alex Telles cobrou e, aos 43, colocou o 2 a 0 no marcador.
Gol relâmpago na volta do intervalo
O técnico argentino Gabriel Milito mexeu em três jogadores no intervalo, e o resultado veio cedo. Hulk cobrou escanteio com um minuto do segundo tempo, e o atacante chileno Eduardo Vargas fez de cabeça, sem pular e com finalização no ângulo de John, diminuindo o placar para 2 a 1.
Atlético pressiona
O Atlético voltou bem e pressionando. Com posse de bola e volume de jogo, o Galo criou. Com cinco minutos, Hulk fez jogada individual, mas chutou para fora ao bater cruzado.
Dois minutos depois, nova jogada de Hulk. Ele cortou para dentro e cruzou para o atacante Deyverson. De peixinho, o camisa 9 finalizou à esquerda do gol do Botafogo.
Com 18 minutos, novo perigo. Hulk novamente cortou para dentro e bateu colocado, exigindo boa defesa de John, que espalmou a bola para escanteio atleticano.
Mais pressão
O segundo tempo foi marcado pela pressão do Atlético, ainda sem chances para o Botafogo. Com 37 minutos, com o Galo tendo a bola e rodeando a área botafoguense, Arana cortou para dentro e chutou de fora da área, mas a bola passou por cima do gol de John.
Perdeu duas vezes
Com 40 minutos, o lateral-direito Mariano fez excelente lançamento para Vargas. O chileno recebeu na cara do gol após ganhar na corrida, mas finalizou por cima do gol de John.
Dois minutos depois, Vargas novamente foi acionado, Ele voltou a ganhar na corrida e, sozinho, tentou encobrir o goleiro, mas chutou muito para cima.
O Atlético seguiu com forte pressão. Contudo, o Galo não conseguiu superar a defesa alvinegra.
Júnior Santos mata o jogo
Aos 52 minutos do segundo tempo, o Fogão deu fim à final. O atacante Júnior Santos fez jogada individual e fez o gol ao se aproveitar de rebatida da zaga atleticana.
Dessa forma, o Galo levou o vice, enquanto o Fogão se sagrou campeão pela primeira vez e alcançou a “Glória Eterna”, com o volante e capitão Marlon Freitas levantando a taça.
Atlético 1 x 3 Botafogo
Atlético
Everson; Lyanco (Mariano, intervalo), Rodrigo Battaglia e Junior Alonso; Gustavo Scarpa (Eduardo Vargas, intervalo), Alan Franco, Fausto Vera (Bernard, intervalo) e Guilherme Arana; Paulinho Hulk e Deyverson (Alan Kardec, aos 30’ do 2ºT). Técnico: Gabriel Milito
Botafogo
John; Vitinho, Adryelson, Alexander Barboza e Alex Telles (Marçal, aos 12’ do 2ºT); Marlon Freitas, Gregore, Luiz Henrique (Matheus Martins, aos 33’ do 2ºT), Thiago Almada (Júnior Santos, aos 33’do 2ºT) e Jefferson Savarino (Danilo Barbosa, aos 12’ do 2ºT); Igor Jesus (Allan, aos 47′ do 2ºT). Técnico: Artur Jorge
Gols
Eduardo Vargas, aos 1’ do 2ºT (Atlético); Luiz Henrique, aos 35’ do 1ºT, Alex Telles, aos 44’ do 1ºT, Júnior Santos, aos 52′ do 2ºT (Botafogo)
Cartões amarelos
Rodrigo Battaglia, aos 29’ do 1ºT, Lyanco, aos 46’ do 1ºT, Fausto Vera, aos 46’ do 1ºT, e Hulk, aos 47′ do 2ºT (Atlético); Alex Telles, aos 47’ do 1ºT, Thiago Almada, aos 33’ do 2ºT, Igor Jesus, aos 47′ do 2ºT, Vitinho, aos 47′ do 2ºT, e Júnior Santos, aos 52′ do 2ºT (Botafogo)
Cartão vermelho
Gregore, aos 30’’ do 1ºT (Botafogo)
Motivo: final da Copa Libertadores da América
Local: Estádio Mâs Monumental, em Buenos Aires, na Argentina
Data e horário: 30 de novembro de 2024, sábado, às 17h (de Brasília)
Árbitro: Facundo Tello-ARG
Assistentes: Ezequiel Brailovsky-ARG e Gabriel Chade-ARG
VAR: Mauro Vigiliano-ARG
Transmissão: Globo, ESPN e Disney+